Ai Gruppi Amici di Madre Miradio, aprile 2021
As Religiosas Franciscanas de Santo Antônio
fundadas pela Serva de Deus Madre Miradio
da Providência de São Caetano
1. A fundação
Madre Miradio da Providência de São Caetano,
ao século Giulia Bonifacio (1863-1926),
em 22 de maio de 1901 funda, em Carpino (Foggia),
o nosso Instituto Religioso.
Em abril de 1902, com o Pe. Luca de Longis, ofm,
(1866-1904) chama-lhe "Pobres Filhas de Santo Antônio"75.
2. Nascimento – Batismo
- 1. Giulia Bonifacio nasceu em 02 de fevereiro de 1863
em Castellammare di Stabia (Nápoles),
em uma família de condições sociais modestas,
firmemente enraizada na fé católica
e nos valores cristãos.
- 2. Terceira filha de Francesco Paolo (1832-1895)76
e de Maria Vincenza Raffone (1836-1867)
que "cultivaram em seus corações as mais belas virtudes,
especialmente a caridade para com os pobres
que beneficiavam abundantemente”77.
Giulia é batizada em 3 de fevereiro de 1863
na Catedral de Castellammare78.
3. Infância-orfandade
- 1. Apenas com quatro anos (1867) Giulia experimenta
a dor da morte da mãe.
O pai se casa79 pela segunda vez com Anna Spera.
Nestes acontecimentos Giulia, "admirada por sua bondade,
pelo sorriso que nas diferentes circunstâncias brotava em seus lábios”80,
aprende a colher os sinais da presença divina,
experimentando como Deus,
Pai Providente, "aflige e consola"81.
- 2. Em 20 de abril de 1872,
na catedral de Castellammare,
Giulia recebe o sacramento da Confirmação
por Monsenhor Francesco Saverio Petagna (1812-1878)82.
4. Uma visão profética
O encontro em 1879
com Monsenhor Vincenzo Maria Sarnelli (1835-1898)
faz vislumbrar sua vocação:
"Giulia, você será mãe de muitos filhos não teus"83.
Ela guarda as palavras do santo Bispo no coração.
Se pergunta o sentido, até quando não intua
os objetivos para o qual orientar seu caminho
"sobre os Caminhos misteriosos de Sua Providência”84.
5. A entrada entre as Franciscanas Alcantarinas
Em 2 de julho de 1882 Giulia entra
entre as Pobres Filhas de São Pedro de Alcântara
em Castellammare di Stabia,
acolhida pelo fundador Padre Vincenzo Gargiulo (1834-1895)
e pela co-fundadora Ir. Maria Agnese da Imaculada (1830-1891)85.
6. Itinerário vocacional
- 1. É admitida à vestição em 3 de outubro de 188286
com o nome de Irmã Maria da Providência de São Caetano.
- 2. Assim que emitiu os votos em 1 de maio de 188487,
o fundador e a co-fundadora confiam a ela o encargo
de Mestra das aspirantes e noviças
que desenvolve por bons oito anos até 189288.
- 3. Depois da morte da co-fundadora,
no Capítulo de 1892, Irmã Maria Providência
é eleita conselheira geral89.
Em 23 de setembro é nomeada vigaria geral90.
7. Albergue de Santa Margarida de Cortona
- 1. No ano de 1894 é enviada a Roma, como vigária local91,
ao Albergue de Santa Margarida de Cortona92,
fundado em 1879 pelo Servo de Deus
Padre Simpliciano da Natividade (1827-1898),
franciscano alcantarino.
- 2. Permanece ali até 1896 ativando cada energia
para superar o estado de tensão e de atrito93
entre o Instituto das Alcantarinas e o das Margaridinas
tornando-lhes mais serena a convivência.
8. Entre as Alcantarinas
Irmã Maria Providência manteve sempre
uma conduta louvável94:
seu proceder era seguro na observância da Regra
e no pleno crescimento da espiritualidade franciscana95
rumo à identificação com Cristo
e a acolhida da sua vontade.
EVENTO FUNDACIONAL
9. A direção Espiritual do Pe. Francesco Maria Carisdeo
- 1. No Instituto Santa Margherita da Cortona
começam as mudanças na vida da Irmã Maria Providência:
"os misteriosos desígnios da Providência"96
colocaram em seu caminho Padre Francesco Maria
Carisdeo (1827-1904), pároco de Carpino (Fg),
da Arquidiocese de Manfredonia.
- 2. Pe. Carisdeo pode discernir, nas palavras
e nas atitudes da Irmã Maria Providência,
o abandono confiante à vontade de Deus
e uma profunda fidelidade aos valores de sua consagração.
10. O Projeto das Adoradoras Perpétuas do SS. Sacramento
- 1. Nasce assim em colaboração com o pároco
de Carpino, o primeiro projeto
de uma nova fundação, chamada
"As Adoradoras Perpétuas do SS. Sacramento"97.
A finalidade do Instituto é uma confirmação
de seu profundo amor pela Eucaristia e do seu desejo de
"consumir toda a vida em adoração
a Cristo Sacramentado, seu único amor”98.
- 2. A hipótese fundacional não é imediatamente bem-vinda
no ânimo de Irmã Maria Providência de São Caetano,
Também porque o projeto de orientação
contemplativo, no sulco da vida de clausura,
está longe daquele imperativo de caridade ao próximo,
na qual até agora tinha consagrado grande parte de suas energias.
Ao mesmo tempo, não consegue imaginar-se
fora da Família Alcantarina
“na qual se sentia fortemente ligada”99.
11. O caminho sem retorno: a virada decisiva.
- 1. Ao final de 1900 o germe do projeto fundacional
chega à maturidade:
"desejosa de ver o Senhor louvado e amado"100.
Irmã Maria Providência "decide fundar um novo Instituto"101
para responder com radicalidade
a vontade divina que a chama
a uma "vida interior mais intensa"102.
- 2. Pede e obtém do Bispo de Castellammare
Mons. Michele de Iorio (1845-1922)
a permissão de ir para a família
e em 17 de janeiro de 1901
deixa definitivamente
o Instituto das Alcantarinas.
12. A primeira pedra
- 1. Em 22 de maio de 1901, Irmã Maria Providência,
com Irmã Federica Salvatore (1866-1928)
e Irmã Giocondina Armellina (n. 1870),
vão a Carpino para darem início a Fundação.
- 2. As condições socio-econômicas dos mais fracos,
a necessidade de educação religiosa e civil
da infância e das filhas do povo,
a levam ter consciência de que a experiência
contemplativa poderia ser encarnada de forma direta
por uma ação animada de um "espírito de caridade ativa"103
para ser sempre e em qualquer lugar
"apóstola e missionária"104.
13. As Pobres Filhas de Santo Antônio
Com o conselho e orientação de Pe. Luca de Longis,
Madre Miradio deixa o país pugliese
e em 2 de abril de 1902 se estabelece em Valle Tufara,
na Arquidiocese de Benevento,
onde o Instituto é chamado
de "Pobres Filhas de Santo Antônio"105.
14. Reconhecimento eclesial
- 1. Pe. Luca de Longis,
"inspirador"106 e "diretor espiritual "107,
é diretamente envolvido no projeto fundacional.
Com ele a Congregação obtém a aprovação diocesana,
em 3 de abril de 1902, por Monsenhor Paolo Schinosi
(1827-1921), arcebispo de Marcianopoli,
vigário Capitular de Benevento108.
- 2. Em 24 de janeiro de 1949 S. S. Pio XII
concede ao Instituto a Aprovação Pontifícia109,
realizando assim o sonho de Madre Miradio
de "ver crescer o brilho do meu querido Instituto”110.
recebendo "a graça que nos ilumina diante da Igreja
e nos motiva a irmos sempre além
da Seráfica perfeição abraçada”111.
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https://www.francescanesantantonio.org/pt/120-aniversario-da-fundacao#sigProIdecff310bef
75 O nome consolidado é "Pobres Filhas de Santo Antônio", mas em alguns Escritos das origens aparece "Pequenas e Pobres Filhas de Santo Antônio": cfr. Testamento de Madre Miradio, 13 de junho de 1913; cfr. Folhas timbradas; cfr. Madre Miradio, Palma Campania, 9 de julho de 1925.
76 Suor Colomba Blasiello, Notas biográficas da Irmã Miradio da Providência de S. Caetano, Fundadora do Instituto das Pobres Filhas de Santo Antônio, 1940.
77 Ibid.
78 Ato de batismo de Giulia Bonifacio.
79 Cfr. Colomba Blasiello. Cfr Ato de casamento de Francesco Paolo Bonifacio e Anna Spera.
80 Suor Colomba Blasiello.
81 Madre Miradio, a Mons. Alberto Costa, Natal 1918.
82 Ato de Confirmação de Giulia Bonifacio.
83 Essa expressão “profética” de Monsenhor Sarnelli é recordada por Giulia e Maria Robledo, filhas de Vincenza Bonifacio, irmã de Madre Miradio. Se deixa acompanhar neste caminho de compreensão da vontade de Deus, por um canônico que provavelmente seja D.Vincenzo Gargiulo, Fundador das Pobres Filhas de S. Pedro de Alcântara.
84 Madre Miradio, Palma Campania, 22 de abril de 1919.
85 Cfr Elena Marchitielli, As irmãs franciscanas alcantarinas ontem e hoje, Torino 1981, pp 138.139.
86 Ibid.
87 Ibid.
88 Ibid.
89 Ibid.
90 Ibid.
91 Ibid.
92 Ibid.
93 Cfr. Elena Marchitielli, As irmãs franciscanas alcantarinas ontem e hoje, Torino 1981, p.93.
94 Cfr. Elena Marchitielli, As irmãs franciscanas alcantarinas ontem e hoje, Torino, pp. 138-139.
95 Suor Colomba Blasiello: "cumpriu sempre e exatamente como lhe foi imposto, de seus lábios cândidos, nunca saiu qualquer lamento, foi sempre exemplar, educada, serena, hilariante, pronta e atenta em qualquer ofício que os Superiores lhe colocassem para provarem sua virtude. Viam-na com muita frequência rezando com amor e fervor aos pés de Jesus Sacramentado. Sempre silenciosa, obedecia, rezava e se calava... Renunciar a tudo, até mesmo a própria vontade, doar-se sem reservas Àquele que tudo espera e recebe, purifica e santifica”.
96 Madre Miradio, ao Mons. Alberto Costa, Palma Campania, 25 de agosto de 1918; cfr. Madre Miradio, ao Cardeal Prisco, Palma Campania, 22 de abril de 1919: "... A obra de zelo que Deus a inspirava para a Sua maior glória e o bem das almas”.
97 Suor Colomba Blasiello.
98 Suor Colomba Blasiello.
99 Suor Colomba Brasiello: “À proposta (de Padre Carisdeo) a sábia irmã responde que não poderia decidir tão ràpido, mas que haveria de orar e refletir bem diante do Senhor sobre o que decidiria fazer e depois lhe daria a resposta”.
100 Madre Miradio, Palma Campania, 9 de julho de 1925.
101 Ibid.
102 Cfr. Relatório não assinado de uma irmã Alcantarina de onde vinham dadas notícias de Madre Miradio sobre a sua entrada entre as Alcantarinas até quando ela deixou Carpino.
103 Madre Miradio, Palma Campania, 22 de abril de 1919.
104 Mons. Alberto Costa, 19 de dezembro de 1926.
105 Madre Miradio, Cardito, 1906: "Antonio o Santo que amava a humanidade, teve uma especial predileção pelas virgens".
106 Madre Miradio, 25 de novembro de 1905, ao Padre Dionisio Schuler, Ministro geral da OFM.
107 Madre Miradio, Palma Campania, 9 de julho de 1925, a Mons. Alberto Costa. "Excelência reverendissima, desejosa de ver o Senhor louvado e amado sempre me perguntei o que poderia fazer eu pobre criatura para obter tanto quanto desejava, até que em 1901, ajudada e encorajada pelo meu diretor espiritual, Padre Luca da Boscoreale, decidi fundar um novo Instituto."
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